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Saiba quais são as doenças da pele comuns nos atletas de luta, contraídas por meio de treinos e contato físico com outros atletas infectados e saiba também como evitar que elas ocorram.

Doenças da pele que são tratáveis estão mantendo os atletas fora do “ranking” e campeonatos. Imagine que você, atleta lutador, tenha treinado o ano todo e, de repente, no dia do campeonato, você é desclassificado por um problema de pele completamente tratável.

Esse cenário exato se desenrolou com surpreendente frequência nos últimos anos. Além das avaliações médicas gerais antes da inscrição, nos Estados Unidos, por exemplo, as diretrizes  NCAA ( colegiado de atletas) para a maioria dos esportes também recomendam exames prévios no dia da luta para todos os atletas lutadores participantes. Geralmente, um dermatologista experiente está presente para rastrear infecções e doenças de pele em lutadores, que são potencialmente transmissíveis e erupções cutâneas – mesmo o menor dos sintomas pode ser motivo de desqualificação.

Aqui no Brasil as federações de Judô (CBJ) e Jiu Jitsu (CBJJ) estão se adaptando a tais novas regras, mas vale lembrar que a saúde da pele do atleta que pratica lutas, é algo a ser monitorado constantemente. Agende uma consulta com a: Médica Dermatologista Dra Larissa Montanheiro 

Como evitar as doenças da pele comuns nos atletas de luta?

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Doenças de pele comuns em atletas de luta.

 

Para evitar as doenças de pele, uma boa higiene é fundamental! É mais fácil prevInir uma infecção de pele que tratar uma doença de pele no lutador. Medidas simples podem ajudar como ter sempre toalhas limpas, não as compartilhar, no vestiário usar chinelos e também manter a pele limpa e seca. Se você tiver uma erupção cutânea, a chave é saber o que é, rapidamente, para que o tratamento possa começar imediatamente.

Quais são as doenças pele mais comuns em lutadores?

1- Micose de pele ou unhas (Tinea )

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Micose na unha do pé é uma das doenças mais comuns encontradas em lutadores

É uma infecção fúngica que pode ser contraída em qualquer parte do corpo, chamado de “pé de atleta” quando ocorre nos pés, mas a doença pode ocorrer na região da virilha e axila também. É o tipo mais comum de infecção e aparece na pele como um círculo ou anel elevado, tipicamente vermelho ou marrom nas bordas com a pele escamosa e descascada por toda parte.

A micose prospera em áreas úmidas e quentes e pode ser contraída de várias fontes, como: roupas, chuveiros, tapetes, pisos molhados  e contato pele a pele com outro indivíduo infectado. Muitos atletas que praticam lutas descrevem como uma “alergia ” de pele, mas se trata de uma doença infecciosa.

2- Impetigo

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Infecção na pele por bactéria 

É uma infecção bacteriana que pode ser encontrada também em quase qualquer parte do corpo, causada pela bactéria Streptococcus (strep) ou estafilococo (estafilococos). O impetigo geralmente é desencadeado por uma ruptura na pele que permite que as bactérias entrem no corpo, geralmente um pequeno corte ou picada de animal / inseto ou uma ferida aberta. No entanto, nem sempre é necessária uma ruptura na pele para contrair essa infecção. Em casos severos as lesões ocorrem em várias  partes do corpo e necessitam de medicamentos de uso oral .

3- Herpes Simples

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Herpes nas costas de lutador e atleta de luta

“Erupção de lutador”

É uma infecção viral classificada em duas categorias distintas: Tipo I e II. O tipo I é o tipo que está associado ao esporte de luta livre, que está na mesma categoria que as feridas e as “bolhas de febre”. O tipo II está associado ao herpes genital e ia chance de infecção é praticamente inexistente na luta livre. Ambos os tipos de herpes podem infectar quase qualquer parte do corpo e são altamente contagiosos. Depois de adquirir o herpes, ele não pode ser eliminado do corpo, mas pode ser tratado com cremes antivirais de venda livre, porém em sua maioria requer uso de remédios orais prescritos por m’edicos. Os  rompimentos geralmente são causados por estresse, sol ou um fator que altera o sistema imunológico. Caso o atleta tenha história prévia de herpes de repetição, o dermatologista pode indicar medicações e ativos que impeçam a recorrência da doença.

4- Foliculite (pelos infectados)

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Foliculite – Doença de pele comum geralmente encontrada em lutadores e atletas de luta

Geralmente não é contraído pelo contato pele a pele, mas é importante descartar que não é uma das infecções acima. As áreas mais comuns da foliculite são lugares no corpo que são esfregados pelas roupas, como as pernas ou a virilha. O rosto e o couro cabeludo também são áreas comuns, devido à irritação causada pelo barbear, sudorese, óleos ou maquiagem. A foliculite parece pequenas espinhas vermelhas ou brancas. No entanto, a diferença entre foliculite e acne é que há um “cabelo” no meio de cada “espinha”. Os pequenos inchaços podem coçar, queimar ou escorrer pus. Quando eles explodem, pus ou sangue podem sair. A foliculite grave pode causar furúnculos profundos e dolorosos ou cicatrizes. Pode ocorrer perda permanente de cabelo se a infecção destruir o folículo piloso e inclusive isso pode ocorrer em área da barba.

5- Infecções pós Staphylococcus aureus MRSA

Staph (Staphylococcus aureus) é um grupo de bactérias que podem causar várias infecções diferentes, incluindo impetigo. Esta bactéria tornou-se resistente a muitas formas de antibióticos e é muito difícil de tratar, pois construiu defesas para ser eliminada pelos medicamentos. O Staph geralmente entra no corpo através de feridas abertas e folículos capilares, mas às vezes pode causar infecção sem uma ruptura na pele. Em casos graves, a infecção pode chegar à corrente sanguínea, causando outras infecções e complicações de saúde. O staph é quase sempre transmitido por contato pele a pele. No entanto, instalações e equipamentos impuros também são fontes conhecidas de uma infecção.

Nos EUA, por exemplo, uma preocupação crescente com MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina, uma infecção por estafilococos potencialmente muito perigosa ) e outras infecções cutâneas resistentes a antibióticos, resultaram em um número crescente de estudantes-atletas desqualificados no dia de jogos.

Doença da pele comuns nos atletas de luta e lutadores profissionais

Quais os problemas para os atletas profissionais?

O que pode tornar um problema tão frustrante para os atletas, é que a maioria dos problemas desqualificantes pode ser tratada com bastante facilidade se diagnosticado semanas ou mesmo dias antes da competição.

Tome, por exemplo, foliculite. É uma infecção bacteriana, fúngica ou viral dos folículos capilares, geralmente causada quando o folículo é danificado pelo atrito causado pelas roupas, picadas de insetos, barbear ou alguma outra irritação.

Infecções relativamente pequenas como essas podem, na maioria dos casos, ser tratadas com cremes ou pomadas tópicas.

Existem várias maneiras de evitar problemas de desclassificação dos atletas em dias de jogos. Em primeiro lugar, os médicos da equipe de  níveis de ensino médio e superior podem implementar procedimentos de triagem mais frequentes ao longo da temporada de jogos. Os benefícios disso são duplos: primeiro, os atletas receberiam tratamento para infecções de pele mais cedo, aumentando a probabilidade de participação em competições e, em segundo lugar, reduziria drasticamente a transmissão de infecções potencialmente perigosas nos locais de prática.

Mas como nem todos os programas podem manter um dermatologista experiente em sua equipe o tempo todo, eles podem optar por aproveitar as tecnologias de teledermatologia quando encontrarem sintomas ou erupções cutâneas questionáveis. O atleta que pratica luta pode então começar os tratamentos apropriados imediatamente, aumentando a probabilidade de que eles sejam liberados para lutar.

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Importante sempre lavar e deixar secar bem seu kimono para previnir doenças da pele

Quais os fatores de maior risco para as doenças dermatológicas em atletas são:

  • KIMONOS ÚMIDOS DEIXADOS TRANCADOS POR DIAS DENTRO DOS ARMÁRIOS, O QUE PODE CAUSAR COLONIZAÇÃO DESTES POR PATÓGENOS INFECTANTES
  • EQUIPAMENTOS DE USO COMUNITÁRIO NA ACADEMIA
  • LACERAÇÕES CUTÂNEAS, CONTATO “PELE A PELE” (ESSES 2 ÚLTIMOS SÃO CONSIDERADOS OS FATORES DE RISCO MAIS IMPORTANTES)
  • TATAMES SUJOS DE SANGUE.

Como podemos previnir o contágio das doenças da pele nos atletas de luta

  • LAVAR AS MÃOS COM SABONETES NEUTROS E ÁGUA, FREQUENTEMENTE
  • MANTER OS CORTES OU ABRASÕES COBERTAS DURANTE A PRÁTICA, OU ATÉ MESMO SE AFASTAR DOS TREINOS ATÉ A RESOLUÇÃO COMPLETA DOS MESMOS
  • EVITAR CONTATO COM FERIDAS DE OUTROS ATLETAS
  • NÃO COMPARTILHAR TOALHAS, ROUPAS OU EQUIPAMENTOS
  • TROCAR ROUPAS FREQUENTEMENTE E NÃO DEIXAR ÚMIDAS, TRANCADAS NO VESTIÁRIO ATÉ O PRÓXIMO TREINO
  • DETECÇÃO E TRATAMENTO PRECOCES, ORIENTADOS SEMPRE POR UM MÉDICO ESPECIALISTA
  • VIGILÂNCIA CONSTANTE
  • BANHO COM SABONETE ANTIBACTERICIDA (CONTROVERSO, no geral não se indica pois, se não há uma doença, o fato de usar esses sabonetes pode tirar os microorganismo de defesas naturais da pele além de deixá- lá mais ressecada e propensa a rachaduras e assim novas infecções)
  • AFASTAR O ATLETA DAS ATIVIDADES DURANTE A FASE DE CONTÁGIO
  • “SCREENING” DERMATOLÓGICO REGULAR
  • DESINFEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS/TATAME DIARIAMENTE COM AGENTES FUNGICIDAS E BACTERICIDAS
  • TOMAR BANHO IMEDIATAMENTE APÓS O TREINO/COMPETIÇÃO USANDO CHINELO PRA EVITAR CONTÁGIO ATRAVÉS DO CHÃO INFECTADO
  • TESTES SOROLÓGICOS ANUAIS
  • SECAR OS PÉS, REGIÃO DE AXILAS, VIRILHAS E ENTRE OS DEDOS
  • TROCA DIARIAMENTE AS MEIAS

Enfim, há muitas maneiras de prevenção e tratamento e a busca por orientação médica precoce é fundamental para o sucesso de todo e qualquer tratamento dermatológico.

Atletas, cuidem -se desde já pois logo logo esperamos que o mundo volte ao seu normal ao normal e jogos olímpicos e campeonatos voltarão a  ocorrer e você não irá querer ficar de fora dessa, não é mesmo!

Consulte sempre um médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD

Agende uma consulta dermatológica com a médica dermatologista Dra Larissa Montanheiro 

 

Leia também no blog: Cuidados com a pele no verão e veja também: Quais são as doenças de pele mais comuns no inverno

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